[Re]Encontro
Tudo começou quando na horinha do almoço de sexta feira recebi um telefonema da Vanessa avisando que haveria reencontro do pessoal que havia estudado conosco nas turmas mais primárias. Aceitei. Sabia que no fundo muitos ali não eram de todo meus bons amigos, mas seria legal rever e saber um pouco das pessoas que não estão. O reencontro, dado qual foi, não desastroso, me fez re-conhecer uma Débora, um Vinícius, um Fernando...que há muito se haviam tornado rígidos no meu inconsciente crisálido.
Enquanto eles conversavam e riam alegres pela vida, eu me concentrava nos nímios detalhes: gestos, palavras, compromissos. Os mais interessantes eram aqueles que não lembrava: um oceano de mistérios a reconhecer. O problema é que era tanta gente que o tempo correu assustado. Eu, absorto na idéia do que isso representava, sem nenhuma nova pra contar, lia e relia as novas faces que ali se encontravam, e, de repente, nos percebi as crianças que nunca deixamos de ser; que ainda nos acompanhavam toda aquela vivacidade, pluralismo e ambigüidade. Ninguém tão sério. Ninguém adulto. Que expectativa terei pra daqui a uns dez anos? Retomei a parte rígida que havia esquecido.
O reencontro cessou. Brami gritos silenciosos que se espalharam pela vastidão do pensar: dor de cabeça. Gera stress esse tumulto. Saí de lá como reencontro, sem me sentir re-encontrado.
2 Comments:
E aí Marcelo! Aparece cara! Abração!
Realmente, marcelo, é muito mais vivo o pasado dentro da gente que fora...
Não sei se um dia vou fazer isso que vc fez, mas seria no mínimo engraçado.
E é pq somos novoss né. Imagina quando já forem brancos nossos cabelos, ou quando os coleguinhas de antigamente já tiverem no cemitério...
que mórbido eheheh parei de falar já...
abraço!
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